O mesmo verniz ilustra as nossas caras
de amantes marginais
o mesmo oco no peito pela incapacidade
de sentir o que tanto se repete
é a falta da presença
dos lábios das línguas das coxas
das bundas das nucas dos olhos
DAS CARNES
Ahhh... saudades
de você dentro de mim
do gemido do grito
Vou me achegar nos braços de outro
tentar ali um conforto
um gozo pequeno
já que nos perdemos INFINITAMENTE
Já que não há paz
Assim que chagarmos ao fim
uma centelha de luz se espalhará
e iluminará esse EU que sou eu
que eramos NÓS
Com ele sem amor SEREI FELIZ
Com ele sem amor SEREI LIVRE
O AMOR É UMA DESGRAÇA!
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