Diante da sua recusa,
das suas impossibilidades,
eu recolho meu amor.
Deita seu corpo pesado nos lençóis suaves
que forram sua cama e
tranquilamente adormece.
Invejo seu sono solto
porque, eu estou aqui
como um zumbi
condenada a escrever
para aliviar a dor
de te amar assim, naturalmente
assim espontaneamente
como um fogo-fátuo.
A noite abafada.
O vento desvia da minha janela
e percorre todo o caminho lá fora
vasto, imenso e escuro.
Com muito esforço,
uma nesga de luz rasga
o quadro da ignorancia.
Quem me visitará agora?
Quem, ouvindo o lamento, me socorrerá?
Não tenho amigos
Não tenho amantes
Não tenho medo.
Enche de som e luz, a aurora.
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