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terça-feira, 21 de agosto de 2012

ESQUECE

Decorrido tanto tempo, meu bem,
há volta sim!
Um suposto recomeço,
retorno ao paraíso,

ao incio do amor.

Suposto, amor!
Porque, veja,
observe de longe
como em um filme,
aquele amor ...

não existe mais!

mas como em uma
colcha de retalho,
juntamos os pedaços
e nos aquecemos.

Os pés gelados e as mãos soltas
se re-encontram.
As bocas famintas e os os corpos carentes
se abastecem de amor.

Na expectativa de uma nova crise,
nos fartamos um do outro
Ursinho hibernante é nosso amor,
come, come e depois ...

adormece!








quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SENHORA


Movida pelo som abafado
que vem do  peito,
continua feito sonâmbula
pela vida

arrastada...

Segura bem firme
a corda que ata um fio tênue
de memória pra contar essa

historia.

Uma velha senhora bem vestida
e  comportada, unhas pintadas,
a boca borrada de um vermelho

antigo,

decide  abrir a compota
da água e inundar a praça de todo
o final de dia.

de talho em talho
emenda a mortalha que cobrirá
o velho corpo cansado.

Costura

fala

mistura.