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terça-feira, 27 de dezembro de 2011

O AMOR

O diabo me encara
e posso ler em seus olhos
chamejante de desdém:
"Taí o q vc queria - o amor! kkk...''

SACANAGEM

Os sonhos e os ideais corrompidos pela força do "amor"
percorro um caminho imposto pelo destino,
pelo encontro, pela fatalidade
no intuito de me queixar depois.

No  proposito de criar o drama, de criar a dor,
empurro minhas convicções ladeira abaixo e sorrio
um riso sádico:
As favas as convicções, eu quero é gozar!

A dor do outro me dá prazer?
desconheço isso em meu ser, teoricamente.
Na prática, tô preste a desrespeitar  o outro,
diga-se, a mim mesma.

A minha felicidade depende da
infelicidade do outro? - sacanagem!



segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Vestido vermelho

Diante das vitrines,
escolho um vestido vermelho
que não me cabe, mas eu só quero
ele e não tem meu manequim.

Compro assim mesmo na ideia macabra
de fazer um remendo.
Visto diante do meu espelho -
esse sim sabe me refletir-
cai majestosamente, foi feito pra mim!´

Homens

Se não houvesse tantos ossos,
tanta secura,
talvez minhas carnes, que não são poucas,
bastassem para cobrir, alguns esqueletos,
de amor.

Mas em um mundo cheio de desejos
minha matéria é nada, não chega a preencher
o "buraco do dente" das vontades dos homens
sequiosos de cachaça e de bucetas.

domingo, 25 de dezembro de 2011

PALAVRA

A palavra escorrega e cai:
- pra onde vai assim sem sentido,
ralando as superfícies dos mundos
na tentativa de defini-los e atá-los
em uma fina e elástica corda que tende ao infinito?

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Modernos

Vou compor uma valsa
pra que dances assim, confiante
no amor.

Marcar os passos no chão e
deixar que treine antes da
apresentação.

Começar bem lento,
voltas desenhadas no ar em
mãos que apanham outras.

Salão lotado:
fraques, vestidos engomados.
perfumes, flores.

Olhares e desejos
palavras sussurradas
sorrisos de canto de boca.

Senhores, senhoras,
damas, cavalheiros
dançam na wibe!

rsr...

Bro,

Acredito em você, bro!
na sua força,  na garra de
suportar o peso das coisas e
ser feliz: numa mão a vida
e na outra o coração..

Tão frágil equilíbrio
que, um sopro de vento
quente, pende prum lado
e prum outro: Gangorra
do parque de diversão.

Nobre e cordial
segue firme ziguezagueando
ladeira a baixo, ladeira acima.
Num proposito desconhecido,
numa certeza infundada na vida!

Inteira

Pedaços inteiros de nós
caminham por ai
soltos num mar de vida
- Leia-se morte!
Pedaços quebrados pela dor.

quinta-feira, 22 de dezembro de 2011

SEGUIR

as coisas me fascinam pq n sou eu
as coisas sao as coisas e eu sou eu
eu n vivo sem elas e elas n existem sem mim
ohhh... intrínseca existência
ohhh... terrível necessidade
dependência
dependência
...
eterna dependência da matéria
do corpo, da razão,
do sentido, da palavra,
do amor, do outro
miserável dependência

ai como doí existir
como doí carregar
esta matéria q apodrece viva.

alguns desistem,
alguns entregam as armas,
mas eu n posso,
fui adestrada pra continuar.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

A mão que cava o buraco

No buraco do tatu,
quem dorme lá?
A felicidade cavou um buraco
de tatu e foi dormir lá
Lá debaixo da terra
Terra escavada com a mão
Mão que cria muitas coisas
Muitas coisas de que precisamos,
mas  a mão resolveu ajudar
a felicidade se esconder
A mão nos traem,
cortemos a mão!

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

LINDO

Quedo-me,
não tenho forças
contra o inexorável,
contra as certezas de um mundo
que me baniu.
Mas, sigo em frente porque atrás
só há corpos despedaçados.

Estou a salvo, isso que importa.

O que importa minha mente embotada,
meu coração sangrando e meu corpo fatigado?
Quem vai fechar essa ferida aberta e coberta
pelo vestido de algodão florido,
LINDO?

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

UM ODE AS CERTEZAS

Infringe a si mesmo a pena
que deixa de ser sina pra ser vontade.
Engana-se e pensa que convence o outro.
Quem não ler em suas atitudes o desejo?

Oh mundinho paralelo!
Oh vida que se quer viver
sem competência!

Displicentemente, tira a roupa
suado do dia de trabalho,
toma um banho meia sola
e deita ao lado da sua companheira,
aquela que esteve ao seu lado
na dureza!

A felicidade é assim, fácil!
E  eu aqui na minha solidão guerreira
te admiro!
Como pode um dia não perceber
a delicia do seu quarto, o cheiro dela?

O gozo tão certo?!

domingo, 11 de dezembro de 2011

DE NOVO

Antes que se apaguem as luzes,
se abram as cortinas e
comece o drama.

Eu digo ADEUS,
Adeus meu amor!

A cena I
convida meu olhar pra trás.
Dou de ombros e saiu
pra caminhar por toda rua.

"Esquece.
Sonhastes apenas e foi bom!"
Ouço como um vento nos meus cabelos.

Serei livre de novo,
olhe que desejei a prisão,
mas o laço solto...

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A CHAVE

Urgentemente peço que respondas,
guardadas comidas pelas traças
coisas antigas como cartas,
digas logo, se vens?

Extraviadas pelos mundo,
passagens, voos perdidos,
navios naufragados.
Recebidas,
sem tempo de serem lidas,
aguardam, numa gaveta trancada,
TEMPO BOM.

Segues a voz que te conduz,
gires a chave pequena e
sintas a secura das folhas
nas pontas dos dedos.
Nem precisas ler, já sabes.

Amanhece e pensas no sonho.

Estendem-se as horas
em meio a tarde quente:
numa árvore frondosa,
os grilos cantam,
a chuva cai neste dia ensolarado,
o arco sobre tua cabeça.

AGORA.

FELICIDADE

Livros numa mão,
computador na outra,
nem sei como, se só tenho duas,
ainda seguro o celular.

Tenho q estudar!
Passar nestas provas infelizes
pra ver s no futuro-
esta coisa tão incerta-
posso ser feliz:

Comprar meu apt,
meu carro do ano,
formar uma família,
viajar d x em qdo
pra MAIAME  e comprar
um bando de bugigangas.

E dai, supor
q SOU FELIZ!

URGÊNCIA

Parei tudo
pra escrever um poema.
Eles sao assim, urgentes!

"Urgentes e precipitados!"



quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

MANIFESTO

Sem rima, sem eco,
sem melodia.
É assim que se faz, hoje em dia, POESIA.

Quando surge uma rima
é sem querer. Acidental!
POEMA não é musica.

Seu suporte é a PALAVRA
escrita. Suporte e manifestação.

Além, poesia
rima com TECNOLOGIA.

segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

1 coisa

Quando penso em você,
imagino 1.000 coisas.
999 pra ser precisa
(porque em SEXO eu não penso!).

EU SOU POETA,
assumi.
Sensível demais,
romântica demais,
INGENUA demais.

Existe Teoria da Poesia?
Se existe, qual seu OBJETO?
O amor?
a condição humana?
TUDO menos SEXO.
Tenho certeza.
EU não penso em SEXO,
EU sou POETA!

(Ai meu Deus, a parede!)



doí, doí, doí ...

Oh, velho coração alquebrado!
Pensei que não batias mais
de tão fraco,
de tão débil,
vencido.
Depois daquele dia
que sofrestes em demasia
e me deixastes assim por terra,
nunca mais tive noticias tuas.
Hoje, um olhar, um gesto
uma palavra,
acordastes de um sono
sem sonhos - nem de monstros,
nem de deuses.

Bates tanto que doí
doí doí doí ...
Antes,
vencido,
débil,
fraco,
alquebrado!

domingo, 4 de dezembro de 2011

DESABAFO

TUDO é um ponto:
d vista,
d ônibus,
e virgula,
dois pontos,
três pontos.
 ...
Infinitamente, pontos!
Q posso  dizer, amigo?
Se n há razão em nada,
p q sofres?

S eu disser q sofro pq sofres,
minto. Só sinto pena!
Vejo seus dias acabando,
os anos cavando sulcos em sua face,
os cabelos rareando.

Tudo por causa de uma ideia,
de uma neura, psico!

Vc ama choramingos,
aiiiiiiiiiii.. chato!
Eu q gosto de vc, fico
aki observando suas desculpas:
pq isso, pq aquilo...
Hummm ... chato!
As vezes penso em n ser mais sua amiga.
terminar essa relação angustiada,
mas penso s eu n t ouvir,
quem ouvirá?!

O BURACO

Ahhhh...encontrei o talão, o cartão!
Só não encontro o que venho procurando
há um tempão:
A RAZÃO!
"Esta cavou um buraco no chão"!

sábado, 3 de dezembro de 2011

NATAL

O meu olhar capturou
 imagens reflexivas do meu EU.
A Lente Azul, que amplia o horizonte,
acinzentou.
Por falta de cuidados,
proliferam bactérias.
Em recente consulta oftalmológica,
a sentença: Só novas!
Meu ray ban protege as pupilas
dilatadas.
E, em meio aos anúncio natalinos,
corro pra comprar os presente dos
meninos.
Agora só tenho eles.
Sou órfã de pai e mãe,
separada de todos os maridos.
Mesmo assim,
procuro uma árvore e as
bugigangas pra pendurar
nela.
HoHoHoHoHo...
FELIZ NATAL PRA TODOS!
O papai noel de barbas algodoadas
sentado em um trono,
coloca as crianças no colo.
Rio (gargalho)
A moça ao meu lado
pensou que eu falava ao celular.
(eu acho)
Quase esqueço do amigo secreto,
entro na livraria e compro Álvaro de Campos.

Do Lar

Enquanto todos dormem,
as louças se multiplicam na minha pia.
Geração espontânea, só pode!
Aprendi isso na escola quando
estudei biologia.
Adoro ciências!


QUANTO AO FUTURO

Minha perspectiva de vida é pra ontem.
AGORA é tempo de sobra.
Dirijo às pressas com intuito de chegar em casa e tirar a roupa que me oprime.
Primeiro, o sapato.
Depois, o vestido (prova da minha feminilidade)
"nem acredito que escrevi isso"!
- O que?
- Deixa pra lá, ESQUECE!
-Tomo banho ou não tomo?
- depende!
Suja mesma, devoro uma maçã.
Digo, eu a suja, não a maçã.

Epa,  já lavou as mãos?

PORRA!

sexta-feira, 2 de dezembro de 2011

SÉRIO

Bateram na porta
e quando abri:
NINGUÉM!

A desculpa de quem tá ficando LOUCA
e não reconhece: "foi na porta da vizinha!"

Que porra, que nada,
foi na MINHA!

O olho mágico sem foco,
o porteiro velho dormindo em serviço
e eu aqui A MERCÊ
dos moleques da vizinhança
Batem e correm.

rsrs...

Só rindo mesmo!

quinta-feira, 1 de dezembro de 2011

CARMA

De ante mão saiba:
Seus passos não conduzem à verdade.
O final de toda essa história é O DRAMA.

Caminhas sem perceber
para  O ABISMO.

Assim PREDESTINADA
persegues a felicidade
infundada  nas palavras.

Por experiência já aprendestes
que NADA tem significado,
mas como má discípula,
repetes a liçao dada.

Em vão o aviso.
QUERES e este foi sempre
o teu COMANDO.

Vais!
No fundo sabes
que EU estou aqui para
te SOCORRER.

Que MAIS posso fazer!