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quarta-feira, 30 de novembro de 2011

NANDIANDO

Deixei meu açaí de lado.
Não era da fruta,
era de polpa.
Polpa ruim de cupuaçu.

Chamei o garçom:
- Qualé meu amigo, q sacanagem é essa?!
Ele nem ai pra mim.
Me retei e sair pra passear por toda a rua.

Q porra é essa, meu Deus?!
Sei que quando criança aceitava qualquer merda.
Tudo era diversão.
Hoje eu to pagando!
sou consumidora,
mas quem liga?!

Açai não é pra se comer com polpa
e ainda polpa de cupuaçu ruim!

terça-feira, 29 de novembro de 2011

CARMIM

Dei um tempo de tudo e de todos,
me escondo aqui no meu quarto.
Pijama, chinelo, copo de água
e ORLANDO de bolso.

Vou passar o dia aqui,
no meu CASTELO.

De fora, só o barulho das crianças
no PLAY.

Lá dentro, uma confusão de vozes,
uma pressão no cérebro
e um aperto no coração.

A maçaneta da porta -
um escape, uma olhada,
um flete com a sanidade.

A luz
A faca
A dor
CARMIM.

QUERIDO

TE QUERO TE QUERO
TE QUERO
Ai meu Deus,
como TE QUERO!
Te vi ao meu lado repentinamente,
mas disperso.
Pedindo amor como se pede um troco
Meu amor, meu lindo,
pra você é muito.
Tão terrivelmente grande
que nem te dou um pouco.
TE QUERO TE QUERO.
TE QUERO
Ai meu Deus,
como TE QUERO!

domingo, 27 de novembro de 2011

HOJE

Próximos, matemos a distância.
Retesados, sorrimos amarelo.

Falastes por delicadeza,
eu ouvi por educação.
Assim, civilizados caminhamos
lado a lado.
Bom dia, obrigada,
por favor.

terça-feira, 22 de novembro de 2011

SOMBRAS

Meu Deus, eu não pertenço a este mundo!
Sou um ser sorumbático vivendo por viver,
escondendo-me às sombras dos outros,
comendo das migalhas que caem das mesas,
repetindo as frases que ouço descabidas aos
contextos.

Vivo assim as beiras.
A beira da insanidade
com um pé do lado de cá
ao sol e o outro - em um sonho, talvez.


Sem nexo.

quinta-feira, 17 de novembro de 2011

LIQUIDADA

Olho vermelho
nariz escorrendo
cabeça azuada

cama
vitamina C
muita água

liquido
liquido
liquido

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

quinta-feira, 3 de novembro de 2011

O Espetáculo

Sinto q vou morrer de uma forte dor no peito
se continuar assim nesta busca incessante por sentidos.
Olho ao redor, vejo dores e tristezas em todos os cantos
mesmo com axé, forro, frevo, escolas de samba,
a dor lateja, tortura, assalta, esquarteja, mata.

Pasárgada não há, eu tenho que ficar
e encarar a dor de frente.
Com este corpo
frágil e as palavras poucas,
enfrentar a canalha, a corja,
a loucura do teatro
e cada dia
Montar e desmontar o
cenário,
Fechar e abrir as cortinas da alma,
Esperando a arte
O encontro do louco com os poucos
que suportam o espetáculo.