Total de visualizações de página

quinta-feira, 8 de dezembro de 2011

A CHAVE

Urgentemente peço que respondas,
guardadas comidas pelas traças
coisas antigas como cartas,
digas logo, se vens?

Extraviadas pelos mundo,
passagens, voos perdidos,
navios naufragados.
Recebidas,
sem tempo de serem lidas,
aguardam, numa gaveta trancada,
TEMPO BOM.

Segues a voz que te conduz,
gires a chave pequena e
sintas a secura das folhas
nas pontas dos dedos.
Nem precisas ler, já sabes.

Amanhece e pensas no sonho.

Estendem-se as horas
em meio a tarde quente:
numa árvore frondosa,
os grilos cantam,
a chuva cai neste dia ensolarado,
o arco sobre tua cabeça.

AGORA.

Nenhum comentário:

Postar um comentário