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segunda-feira, 13 de fevereiro de 2012

ESCRAVAS


Quero, em todo caso, dizer o que penso
disso tudo: 
as vezes acho que sei o que sinto,
mas se for pensar bem, não sinto nada.

Mas, continuando...
o que eu realmente tava dizendo?
Prosaicamente falo sobre a vida,
sobre minhas ideias, já que meus
sentimentos não sei dizer, nem sentir.

Forçosamente tento me expressar
e uso as palavras velhas e novas.
Busco, no dicionário da minha mente
as palavras precisas, porque preciso.

São todas escorregadias, lambuzadas de
sangue e ainda ligadas ao cordão umbilical.
Literalmente, digo o sem-sentido, 
tentando ser mais que sincera.

Ehhh... não sei se me fiz entendida,

A grande parada é a sacada
de onde vejo os carros passarem,
a confusão de gente

e o filme rodando...

As vezes, acho que tá tudo bem,
mas ai vem os outros.

Os outros são foda!

Procuro olhar nos olhos dos outro
esquivo, mesquinho, assim como no
espelho.

Vejo um suposto eu escondida atrás da pilastra.
Distraidamente.

Escolho algumas palavras para me definir,
saio fuzilando com os olhos.

Palavras,
quero todas a meu serviço,
empregadas e mal pagas.
Representando-me!








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